Edifícios espelhados em forma de faca, com aparência de robôs trasnformers ou mesmo com canhões estilizados no teto. Modernidade?Sim, mas influenciada pela antiga filosofia chinesa. O feng shui, que harmoniza os quatro elementos (terra, fogo, água e ar) é usado para rebater as energias negativas. Isso é Hong Kong, o convívio do moderno com o milenar, a integração do Ocidente com o Oriente.
Arranh-céus convivem em harmonia com templos budistas e moradores, alheios à correria do dia-a-dia, concentram-se nos lentos movimentos do tai chi chuan. Os 150 anos de colonização britânica transformaram Hong Kong em uma grande potência econômica capitalista, mas isso não impediu os cerca de 7 milhões de habitantes de manter as características de sua cultura e sua religiosidade.
Hong Kong é formada pela ilha de mesmo nome, pela ILha de Lantau, pela Ilha de Lamma e outras 232, além de Kowloon e dos Novos Territórios, já na parte continental da China. A Ilha de Hong Kong é separada do continente pela Baía Victoria, e o acesso é feito por ferryboat ou por três túneis subterrâneos.
O território tem sua própria moeda, leis e sistema de imigração, entre outras coisas. Como a Grã-Bretanha, a direção é ao contrário da nossa, portanto cudao ao atravessar!!!
Na fronteira com a China, há uma cerca e policiamento. Para cruzar a fronteira, nos dois sentidos, é exigido um visto, apesar de ser o mesmo país. Segundos ps moradores de Hong Kong, se não houvesse esse controle, haveria uma invasão. Com a grande densidade populacional, o custo de vida é relativamente alto, e as moradias, pequenas.
Hong Kong é umas das cidades mais verdes da Ásia. Os novos prédios têm mais de 40 andares e o espaço restante é geralmente coberto por jardins e florestas. Muitos edifícios não têm o quarto andar, pois o número 4 representa a morte - afff...que locura!
A superstição é tanta que o prédio mais alto da cidade, o Centro Financeiro Internacional (IFC), foi construído com 88 andares, alguns a menos que o previsto, para não se tornar o quarto mais alto do mundo e também porque o número 8 representa a fortuna.
Os chineses na ex-colônia britânica seguem a risca as orientações do feng shui, principalmente o fator da riqueza.
A cidade possui 3 instituições com autorização para imprimir o dinheiro, assim ficam 3 modelos diferentes (povo complicado né....!!!).
O edifício central do Banco da China na ILha de Hong Kong tem arquitetura arrojada, em formato de faca. Para combater o poder da faca, seguindo as tradições do feng shui, foram colocados no topo do vizinho (prédio do HSBC) 02 canhões estilizados. Dois outros edifícios comerciais foram contruídos na forma de transformers para enfrentar qualquer força maligna dos outros prédios!!!!É ..mas eles não contavam com a super crise desse ano.....
PARQUE DE DIVERSÃO
O moderníssimo aeroporto internacional de HOng Kong custou uma nota preta, aproximadamente US$ 20 bilhões. Foi construído em 1998 sobre uma plataforma de aterro de 12 kilometros quadrados ligada a parte norte de Lantau.
Nesta ilha está também a Disneylândia (www.hongkongdisneyland.com) . Há dois hotéis temáticos, além de lojas de souvenir e restaurantes. Ainda em Lantau há o Monastério de Po lin. Construído em 1906, atrai milhares de devotos e turistas, que todo ano participam do tradicional banho de Buda. A cerimônia também é realizada perto do Terminal Central de ferryboats, em frente ao centro financeiro. Na avenida, com lanternas chinesas, são distribuídos papezinhos. Os visitantes escrevem neles seus pedidos e os penduram nas gardes em volta da estátua de Buda.
Não faltam em Hong Kong atrações . As melhores épocas para visitar são a primavera e o outono, quando o clima é menos úmido. Dedique pelo menos 1 semana para a viagem e prepare-se para conhecer um mundo moderno mas com um pé na superstição.
NO MESMO PAÍS, DOIS SISTEMAS
O território hoje conhecido como HOng Kong, foi incorporado à China durante a Dinastia Qing (221 a.C - 206 a.C), mas descobertas arqueológicas sugerem atividade humana há mais de 5 mil anos. A reduzida população da ilha de pescadores começou a crescer com a chegada de refugiados chineses durante a invasão mongol (1276).
Após uma série de derrotas chinesas na 1º Guerra do Ópio (1839-1842), a ilha foi ocupada pelo Exército Britânico em 1841 e cedida à Grã-Bretanha em 1842 sob o TRatado de Nankin. Na época, a população era de 6 mil pessoas. A Grã-Bretanha obteve o controle da Península de Kowloon em 1860 pela Convenção de Pequim, que formalmente encerrou as hostilidades na 2º Guerra do Ópio (1856-1858).
Em 1897, o governo britânico, alegando que Hong Kong não poderia ser defendida sem as áreas ao redor sob seu controle, firmou contrato de aluguel por 99 anos dos Novos Territórios, ao norte da Península de Kowloon e na fronteira com a província chinesa de Cantão.
A população de Hong Kong, que após o fim da 1º Guerra Mundial era de 530 mil habitantes, chegou a 1,6 milhão em 1941, quando o território foi invadido pelo Japão. Durante a ocupação japonesa (de 1941 a 1945), a era negra, houve tortura e execuções. NO fim da 2º Guerra Mundial, a população de Hong Kong tinha sido reduzida a 600 mil habitantes, já que muitos fugiram para a China e países vizinhos.
A vitória dos comunistas sobre os nacionalistas na CHina, em 1949, levou a um crescimento populacional em Hong Kong, com a emigração de milhares de refugiados. O capital trazido pelos chineses, especialmente de Xangai e de Cantão, além da vasta mão-de-obra barata, ajudaram a reviver a economia de Hong Kong, seriamente afedada pela ocupação japonesa.
EM dezembro de 1984, os governos britânicos e chinês firmaram um acordo, segundo o qual Hong Kong passaria para controle chinês, como uma Região Administrativa Especial, no vencimento do contrato de arrendamento dos Novos Territórios em 1º julho de 1997.
Sob modelo "um país dois sistemas", foi acertado que Hong Kong manterá, até 2047, o estilo de vida e o sistema capitalista criados no período britânico e terá um nível alto de autonomia.
Milhares de pessoas fizeram no ano passado manifestações por um sistema político amplamente democrático. Pedem uma reforma constitucional que permita que o novo chefe de governo seja escolhido pelo voto direto .
MERGULHANDO NA CULTURA
O Departamento de Turismo de Hong Kong lançou um programa para remover vários eventos tradicionais que ocorrem anualmente no território. Entre eles estão as festividades do ano-novo lunar, o aniversário de Buda, o de Tin Hau ( a deusa do mar e padroeira dos pescadores) e o festival de Cheung Chau Bun ( ou festival dos pãezinhos), entre outros.
O calendário pode ser encontrado no site : www.discoverhongkong.com
E, para ajudar o turista a conhecer um pouco mais desta sociedade em que antigo e novo se encontram, o Departamento de Turismo criou o projeto Caleidoscópio Cultural, são atividades gratuitas a cada dia da semana:
APRECIAÇÃO DE CHÁS - o visitanbte conhece vários tipos de chás e suas utilidades de receber explicações sobre os rituais de apreciação da bebida, uma parte integrante da milenar cultura do país.
- ARQUITETURA - durante o tour, é explicada a evolução de Hong Kong por meio de seus edifícos.
- BOLINHOS CHINESES - geralmente são vistos nas celebraçoes tradicionais.
- FENG SHUI - um especialista explica os conceitos e a prática da milenar tradição chinesa e seu uso em casa ou no trabalho.
- KUNG FU - performances tradicionais da antiga arte marcial, como a cerimônia do tambor e as danças do leão e do dragão.
- MEDICINA CHINESA - os participantes aprendem sobre alguns fundamentos da tradicional medicina, o uso de ervas e o conceito do yin (negativo) e do yang (positivo) na saúde.
- MUSEUS - são realizadas visitas guiadas.
- TAI CHI CHUAN - o exercício físico é inspirado nas duas forças da natureza, yin e yang. Serve para meditação, a harmonia do corpo e da mente e o autocontrole.
Hong Kong moderna......
e a Hong Kong antiga, com suas superstições e cultura milenar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário