17/12/2009

Nada de convencional......

Tranquilidade???Descanço????Que nada...eu quero é ADRENALINAAAAAAAAAAA.......Tem turistas para todos os gostos.....até para ir a lugares onde vivem em guerra a anos, como o Irã, Afeganistão, entre outros.
Os países mais perigosos do planeta enfrentam um grave problema no setor turístico (por que será né????), mas querem mudar essa situação.
Um exemplo é o governo do Zimbábue quer que você viaje para lá no próximo verão. O recado foi dado pelo ministro do Turismo do país, Walter Mzembi, durante a nona Conferência Mundial de Turismo e Viagens realizada na semana passada, em Florianópolis. Para atrair o turista e provar que é um lugar seguro, o Zimbábue quer até hospedar a Seleção Brasileira de Futebol durante a Copa do Mundo de 2010, que acontecerá na vizinha África do Sul. “Queremos que os ‘samba boys’ fiquem aqui conosco, conhecendo a verdadeira experiência africana, para mostrar ao mundo como o Zimbábue está preparado para o turismo mundial”, disse Mzembi, confirmando que foi feito um convite ao governo brasileiro.
Por “verdadeira experiência africana”, entenda-se conhecer as espetaculares Cataratas Vitória, a vida selvagem do parque nacional Hwange e as ruínas milenares de Masvingo. Mas viajar para o Zimbábue hoje também inclui uma boa dose de risco: o país é governado há 29 anos pelo controverso herói da independência e presidente Robert Mugabe, registrou uma inflação de 230.000.000% no ano passado e faz parte de nove entre dez listas de países mais perigosos do mundo. Dá vontade de antecipar o check-out do hotel? É exatamente contra essa sina de instabilidade política e econômica que alguns países querem apostar em seu potencial turístico. Segundo estatísticas do Conselho Mundial de Turismo e Viagens (WTTC), a indústria do turismo deverá crescer a uma média anual de 4% até 2019. Se o viajante decide trocar Paris por Tirana, capital da pequena Albânia, um antigo enclave comunista ao lado da Grécia, estará ajudando a economia – e a sobrevivência – da Albânia. 
Ainda é difícil convencer o turista a viajar para países exóticos ou desconhecidos. Marcada por um regime comunista que durou 46 anos, a Albânia ainda cultiva costumes estranhos: um código de conduta permite à família de uma vítima de assassinato se vingar – matando qualquer parente do assassino. Desde o final do comunismo, em 1990, mais de 9 mil pessoas morreram em disputas desse tipo. Não é exatamente o atrativo que um aluno de intercâmbio entre países gostaria de encontrar numa casa de família. No encontro do WTTC em Florianópolis, uma delegação albanesa tratava de divulgar as mudanças do país. A Albânia tem uma rica herança romana e grega em seu território. Próxima de Itália e Grécia, oferece a mesma vista para a região mediterrânea, com preços mais baixos.
Apesar da instabilidade política e de inúmeras críticas de organismos internacionais, governos de países como Albânia ou Zimbábue perceberam que o turismo ajuda economias – e não exige nenhuma reforma política profunda ou compromisso humanitário. O melhor exemplo é Cuba. O regime comunista de Fidel Castro não afastou os turistas nem as redes hoteleiras internacionais. O WTTC prevê que o turismo em Cuba deverá crescer a uma média anual de 2,7% nos próximos dez anos. O fim das restrições de viagens de cidadãos americanos ao país, anunciado pelo governo americano em abril, é um dos motivos. No mesmo mês, os Estados Unidos também levantaram uma interdição que proibia viagens ao Zimbábue, imposta em 2002. Desde janeiro, quando o presidente Robert Mugabe aceitou a formação de um governo de coalizão com a oposição, o país passa por uma frágil trégua política. O Zimbábue agora investe em marketing. Sonha atrair 400 mil visitantes durante a Copa do Mundo de 2010. Mesmo assim, o último ranking de destinos turísticos mais perigosos do mundo publicado pela revista americana Forbes coloca o Zimbábue na décima colocação. Em primeiro lugar está a Somália.
O que faria um turista trocar uma praia paradisíaca em Punta Cana, na República Dominicana, por uma experiência de vida ou morte no turbulento Haiti, que sofre com conflitos armados há cinco anos? Ao que parece, até destinos inóspitos e hostis estão aproveitando o interesse do viajante mais curioso – e corajoso. Uma agência de viagens americana, a Universal Travel System, sugere passar as férias em lugares inimagináveis como Afeganistão, Iraque, Irã, Paquistão e até Coreia do Norte. Um pacote com viagem e estadia de sete dias em Pyongyang, capital da Coreia do Norte, sai por R$ 11.500. O guia Lonely Planet criou até uma categoria especial para os interessados em “turismo de guerra”.
O Departamento de Estado dos Estados Unidos pede que o turista fique atento não apenas à atual situação política do país, mas à possibilidade de ondas de violência repentinas. Em novembro passado, o governo da Tailândia decretou estado de emergência no país depois de uma série de protestos políticos. Dois aeroportos da capital Bangcoc foram interditados durante o auge da temporada turística. Milhares de estrangeiros ficaram presos no país. É um risco do qual os turistas devem estar cientes.

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