Passear pelas ruas de Praga é mergulhar num caldeirão de história. Pessoas do mundo todo caminham para conhecer castelos, palácios, pontes e rios de muitos séculos. Aliás, essa é a principal riqueza da Capital da República Tcheca.
A Praça Venceslau só lembra em fotografias o massacre da Primavera de Praga e a resistência da Revolução do Veludo. Sob o grande monumento, jovens tchecos se encontram para medir diferenças e igualdades. No cabelo, nas roupas, no refirgerante que tomam. O euro ainda não é moeda da capital. Tudo, absolutamente tudo, paga-se em coroas, com valor equivalente ao euro. A brisa globalizante, de fato, sopra por lá. Mas há nessa cidade de pouco mais de 1 milhão de habitantes um tempo dentro do tempo dentro do tempo que se dá a conhecer a quem estiver disposto a atravessar suas ruas de nomes impronunciáveis.
Para chegar à Jungmannovo námestí, onde se bebe Pilsner Urquell aos litros numa cervejaria que existe desde 1843, ou à grandiosa Catedral de São Vito, é rpeciso ter em mente que a capital se divide em áreas. O coração é a Cidade Velha ou Staré Mesto. Há o Bairro Judeu (Josefov), o Castelo de Praga e Hradcany (Prazsky Hrad a Hradcany) , a Malá Strana e a Cidade Nova (Nove Mesto).
Antes de começar a bater perna pela cidade que atraía mercadores estrangeiros desde muito antes da escrita, algo divertido e útil de se fazer é percorrer de microônibus as regiões de Praga, partindo da Praça da Cidade Velha.
Há roteiros que duram 45 minutos ou uma hora e meia. Todos passam pelas cincos áreas. A bordo desses veículos, basta colocar fones de ouvido para ouvir a narração eletrônica do trajeto em vários idiomas, inclusive em português.
Há roteiros que duram 45 minutos ou uma hora e meia. Todos passam pelas cincos áreas. A bordo desses veículos, basta colocar fones de ouvido para ouvir a narração eletrônica do trajeto em vários idiomas, inclusive em português.
A rota passa pela Praça Carlos. Na Cidade Nova, o parque é rodeado por ruas movimentadas que comportam várias linhas de bonde (tram). Antes de se tornar, no século 19, um refúgio com gramados imensos, canteiros de flores, fontes e estátuas de escritores e cientistas tchecos, a praça era um grande mercado de gado. Nesse lugar também se vendiam lenha, carvão e arenque condimentado.
Ao redor da Praça Carlos há as igrejas de São Cirilo e São Metódio, de São Venceslau, de Santo Inácio, de São Cosme e São Damião e a Igreja de São João Sobre a Rocha.
Em Praga, não são poucas as lendas que juntam alquimia e pactos com o demônio. Bem perto da Praça Carlos, a Casa de Fausto é famosa por ter inspirado algumas delas.
No século 14, a mansão barroca pertenceu ao príncipe Václav de Opaca, estudioso de alquimia e história natural. Duzentos anos mais tarde, o alquimista Edward Kelley mudou-se para a casa. Em meados do século 18, a população tcheca tomou conhecimento das experiências químicas do conde Ferdinand Mladota de Solopysky. Este último morador seria a origem da lenda de Fausto e teria sido levado pelo demônio atravessando o teto da casa. A mansão é fechada à visitação.
Da Praça Carlos em direção ao rio Vltava, é impossível não adimirar ou estranhar um edifício que os tchecos conhecem como Ginger e Fred. A referência aos dançarinos Ginger Rogers e Fred Astaire, a entrada não é gratuita. Projetada por Frank Gehry, o mesmo do museu Guggenheim, de Bilbão ( Espanha), para abrigar uma corretora de seguros, a contrução chocou moradores e visitantes na década de 1990. Disformes, os dois edifícios feitos em sólidas estruturas de aço e vidro parecem mesmo dançar.
O rio Vltava separa a Cidade Nova , a Cidade Velha e o Bairro Judeo de um lado, e de outro, Malá Strana, Castelo de Praga e Hradcany. POr sua importância histórica e turística, o Vltava está para capital tcheca, assim como o Danúbio está para Budapeste.No período de abril a setembro, é possível fazer passeios de barco pelo leito. Há trajetos longos ou curtos, com jantares ou não. Basta escolher o mais adequado o seu bolso.
As margens do Vltava, avista-se o Castelo de Praga que , desde 1918, é a sede de vários governos da República. foi ao redor dessa construção impressionante que Praga passou a existir, no século 9. A visita ao Castelo requer no mínimo um dia. Nas estações quentes, caminhadas e leituras pelo Jardim Real são mais que recomendadas.
Para chegar a Malá Strana a pé, o melhor caminho é atrvessar a Ponte Carlos. Com 520 metros de extensão, é um dos lugares mais visitados por viajantes do mundo todo. Religiosos ou não não ficam fascinados com as esculturas instaladas dos dois lados da ponte.
Malá Strana se ergue abaixo do Castelo de Prga. A região é repleta de palácios e casas barrocas, em geral bem preservadas.No bairro, está a Igreja Nossa Senhora Vitoriosa, onde há peregrinações à imagem do Menino Jesus de Praga. Importante lembrar ainda que na Igreja de São Nicolau, o órgão foi usado pelo compositor Wolfgang Amadeus Mozart em 1787.
O antigo Bairro Judeu não existe mais. Em seu lugar, o Josefov destaca lugares religiosos, entre eles a vistosa Sinagoga Espanhola. O velho Cemitério Judaico, fundado em 1487, tem mais de 12 mil lápides. Um dos túmulos mais visitados é o do rabino Löw. Filósofo, ele viveu no século 16 e é o criador da lenda do Golem , uma das mais famosas da República Tcheca.
Dibersão garantida é tentar adivinhar os idiomas que se falam por metro quadrado na Praça da Cidade Velha. Nesse ponto de Praga, há uma verdadeira festa das nações todos os dias, com escoceses de kilt tocando gaita-de-foles, com alemães e ingleses cantando a plenos pulmões, com brasileiros extasiados diante da arquitetura monumental do entorno da praça.
Uma das construções mais importantes é a Igreja Nossa Senhora Diante de Tyn. As torres góticas são o marco mais característico da Cidade Velha. Em uma das esquinas da praça, a Igreja de São Nicoulau é um magnífico exemplar barroco. Para ver muitas vezes, há o imenso monumento a Jan Hus. O reformador religioso que morreu na forgueira da Inquisição, justamente nessa praça, é um símbolo de integridade do país.O monumento, curiosamente destaca pontos altos e baixos da história tcheca. O Palácio Kinsky é uma esplêndida edificação rococó que hoje abriga uma coleção de arte.
A Staromestska radnice, ou Prefeitura da Cidade Velha, existe desde 1338. Com o passar do tempo, a essa sede do governo local foram anexados prédios góticos e renascentistas. Tão significativo quanto o edifício da prefeitura é o Relógio Astronômico. Consertado inúmeras vezes, desde o século 15, quando foi instalado, é uma das grandes atrações da cidade. Cada vez que o relógio marca uma hora cheia, uma multidão se acotovela diante do relógio para assistir á procissão dos doze apóstolos.
Beba sem moderação na República Tcheca
Não há qualquer exagero em dizer que a cerveja é a bebida nacional da República Tcheca. As mais consumidas são as do tipo lager, sejam elas claras ou escuras. Entre as mais famosas estão a Pilsner Urquell, a Budvaeiser Budvar e a Staropramen. Também populares são a Gambrinus, a Radegast e a Krusovice.
A Pilsner Urquell tem 12% de teor alcoólico. As brasileiras possuem em média 5%. Podes ser apreciada na maioria dos bares, restaurantes , pubs e cervejarias de Praga, que exibem a marca da bebida junto com o letreiro da casa.
Saborosa, geralmente é servida em canecas de meio litro. Também há uma versão de 330ml. Neste caso, peça uma "malé pivo".
A cerveja é produzida desde 1842. Foi na cidade medieval de Pilsen, contruída em 1295, que o mestre-cervejeiro Josef Groll criou uma bebida dourada, muito diferente daquelas de coloração turva que os tchecos consumiam. De alta fermanetação e de maturação em baixa temperatura, o segredo da Pilsner Urquell está no clima e na qualidade das caves, onde descansa em barris especiais, a temperatura média de 5ºC.
A Pilsner Urquell foi levada para Praga (poderiam trazer ela para o Brasil) por Martin Salzmann,que passou a servi-la em seu pub.
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